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“Star Wars é pra mim um estilo de vida”, diz Marcelo Forchin, presidente do CJSP, confira o nosso bate-papo completo na Jedicon

Durante a Jedicon SP 23, conversamos com Marcelo “Chewie” Forchin, presidente do Conselho Jedi São Paulo (CJSP), responsável pela realização da Jedicon. Marcelo é um dos fundadores do CJSP, criado em 1999, e é um dos fã clubes brasileiros de Star Wars mais antigos em atuação hoje. Confira agora o nosso bate-papo com Marcelo:

Essa edição atingiu o recorde de público da história da Jedicon?

Marcelo Forchin: Até o momento, ainda não sabemos, mas posso dizer que é a mais divertida dos últimos anos. A gente tinha uma meta de atingir duas toneladas de arrecadação de alimento e eu já fui informado que chegou próximo, se não, as 3 toneladas (nota: já foi confirmado que foi arrecadado 3645kg). Então é muita coisa, apesar de uma pessoa só ter trazido 1800kg, ainda assim é muita coisa pra ter recolhido.

Qual foi o maior desafio pra realização dessa Jedicon?

MF: Como não somos uma empresa, somos um fã clube que produz o evento, a maior dificuldade é a gente conseguir que parceiros acreditem na gente e entrem em parceria, algum patrocínio, algum apoio financeiro pra que no dia do evento a gente consiga pagar tudo. Porque hoje eu tenho que pagar todo mundo. Hoje eu tenho que pagar a Fapcom, vou ter que pagar a segurança, vou ter que pagar a limpeza, o aluguel de áudio e vídeo, tudo é pago hoje. E muitas vezes você faz contratações para o evento que muitas vezes você só vai receber daqui 30 a 40 dias. Então não tem como você contar com isso. É por isso que a gente faz a pré-venda do ingresso com a camiseta. A camiseta é de brinde, só que ajuda a fazer essa pré-venda e a pré-venda ajuda a gente a pagar as coisas pro dia do evento. Então é quase no lápis ali pra poder pagar tudo certinho, mas funciona.

Essa é a primeira vez que vocês realizam o evento aqui na Fapcom?

MF: Na verdade, não. Nós tentamos fazer aqui na Fapcom a cada dois anos, acho que foi o lugar que mais realizamos a Jedicon, porque tem toda uma estrutura muito boa que nos atende com um auditório espetacular. A primeira vez que fizemos a Jedicon na Fapcom foi em 2006.

Você acha que essas novas séries de Star Wars que o Disney+ está produzindo tem trazido mais público para esses eventos?

MF: Está ajudando com certeza. Porque assim tem fãs que conheceram Star Wars quando era Guerra nas Estrelas, lá nos anos 80, e tem fã que é criança que está passeando aqui e conheceu Star Wars pela série, pelo streaming. Ou pelo Clone Wars, a animação, que também está no streaming. Então essas crianças vão procurar o que é Star Wars. E aí começa a trazer mais gente. Você vê muita família vindo ao evento que todos eles curtiram Star Wars em algum momento de suas vidas. Isso que é bacana pra nós. Então o streaming está só ajudando nessa parte. Fora que está trazendo uma série de vertentes da aventura diferentes. Tem aventuras pras crianças, tem aventuras pros adultos, tem aventura pra todo mundo. Vai alimentando o fandom e, com a popularidade, só tende a crescer.

O que é Star Wars pra você?

MF: Star Wars eu posso dizer que é pra mim um estilo de vida. Porque eu estou no Conselho Jedi São Paulo desde 1999. Então já há 24 anos. Eu conheci praticamente todos os meus amigos dentro do conselho. Muita gente que eu conheci, que eram adolescentes solteiros hoje estão casados e tem família. Então além de ser uma higiene mental que a gente faz porque a gente gosta muito de cultura pop. Nesse caso, não é só de Star Wars, mas o Conselho ajuda, você tem essa coisa de conversar com outras pessoas que gostam das mesmas coisas que você. Então aproxima demais das pessoas. Você cria e consolida vínculos que de outra forma você não teria em outras áreas, outros setores. As pessoas às vezes comparam com torcida de futebol. Pode até ser parecido, porque todo mundo torce por Star Wars. Só que não tem a rivalidade que tem no futebol. Mesmo que seja Império e Rebelião, todos se entendem e todos se divertem no mesmo ambiente.