J. J. Abrams comenta a importância de se planejar uma trilogia
A Saga Skywalker foi finalizada em 2019, mas ainda rende assunto. O polêmico A Ascensão Skywalker, dirigido por J. J. Abrams encerrou a história da família de uma galáxia muito, muito distante deixando pontas soltas e decisões questionáveis como legado.
Recentemente, em um evento celebrando os 10 anos do filme Super 8, Adam Chitwood da Collider perguntou a Abrams se ele sentia que a trilogia se beneficiaria em ter um plano traçado desde o início. Em resposta, o diretor mencionou seu passado trabalhando com televisão, porém o trecho mais interessante talvez tenha sido sobre seu aprendizado:
“Você nunca sabe realmente, mas ter um plano, eu aprendi, em alguns casos da maneira difícil, é a parte mais crítica, porque de outro jeito você não sabe o que está construindo. Você não sabe no que dar ênfase. Porque se você não sabe a inevitabilidade da história, você será apenas tão bom quanto a sua sequência, ou efeito, ou piada, ou o que seja, mas você quer ser guiado a algo inevitável.”
J. J. Abrams nunca menciona especificamente os filmes de Star Wars em que trabalhou, mas a pergunta não deixou outra interpretação.
Originalmente, a trilogia teria três diretores trazendo diferentes visões para os filmes seguindo o que o diretor anterior construíra, tendo Abrams na direção do primeiro, Rian Johnson para o Episódio VIII e Colin Trevorrow para a conclusão. Porém, Trevorrow deixou o projeto e a Lucasfilm decidiu chamar J. J. Abrams como substituto.
A aposta da Lucasfilm ao dar liberdade aos diretores para construir a história da trilogia gerou controvérsias. Dois primeiros filmes que não conversam entre si e um terceiro que tenta retomar ideias e trazer novos rumos podem não ter agradado a maioria dos fãs, o que não se discute é o lucro gerado por eles, mais de $4 bilhões de dólares combinados.
Da maneira difícil ou não, talvez a lição tenha sido aprendida pela Lucasfilm e Disney com o que temos visto com as novas produções.