Artigo | “É Guerra nas Estrelas”, o que achei de Rogue One
Não é uma crítica, é apenas a opinião pessoal de um fã. Sem Spoilers. “Rogue One” faz jus ao nome da saga: “Guerra nas Estrelas”.
Hoje, às 00:01, tive o privilégio de assistir “Rogue One” em sua pré-estreia.
No começo, o filme pode soar um pouco estranho, mas não atrapalha, pois há muitos elementos da saga nele. Parece um conto do Universo Expandido que ganhou vida no cinema.
O filme se aprofunda na guerra civil entre a Rebelião e o Império. O Império querendo intimidar cada vez mais seus opositores pelo uso da força e armamentos bélicos. Descobrimos muitos segredos da Estrela da Morte nesse filme e sua representatividade como poder supremo do Império, vemos os esforços da Aliança para liquidar essa arma mortal, sob pena de ver o sonho de uma galáxia livre perdida para sempre. A Aliança Rebelde mostra um lado nunca visto antes em suas atitudes, com decisões morais questionáveis.
O filme também aborda questões políticas sem cansar o telespectador, como o terrorismo. O personagem Saw Guerrera, um terrorista, nos passa essa visão com seus métodos terríveis usados contra a opressão do regime imperial. A atuação de Forest Whitaker está muito boa, por sinal.
Há também uma abordagem voltada a assuntos religiosos, representados pela Força. O personagem Chirrut, um cego, é um crente fiel da doutrina jedi – apesar de não ser um – e sua fé lhe dá poderes inimagináveis. Ele usa um mantra poderosíssimo para se conectar a essa energia mística, você sente ela se conectar a esse personagem. Donnie Yen deu vida a um dos melhores personagens da saga. Seu companheiro e guarda costa, Baze Malbus (Jiang Wen), um especialista em armas, também está incrível.
Jyn Erso e seu pai, Galen Erso, são o foco da história. Galen, interpretado por Mads Mikkelsen, um cientista, foi enganado pelo Império e tenta se redimir de seus pecados. Jyn, que teve uma vida difícil desde pequena, ainda lembra muito de seu pai e tem esperança de, um dia, revê-lo. Felicity Jones está muito bem no papel, você percebe seu drama e acaba se conectando com a personagem.
Outro personagem muito bom que o filme apresenta é Cassian Andor, vivido por Diego Luna. Cassian, apesar de lutar pelos rebeldes, tem um passado misterioso. O droid K-2SO é o alívio cômico do filme. Alan Tudyk também deu vida a um dos personagens mais carismáticos da saga. Não devemos esquecer também de Bohdi Rook, de Riz Ahmed, outro grande personagem.
Do lado dos vilões temos o Diretor Krennic, um ambicioso imperial, que almeja sempre estar em hierarquias elevadas dentro do Império. Ben Mendelsohn desenvolveu esse personagem com maestria. Darth Vader, com a voz de James Earl Jones, nos mostra porque ele é o vilão mais terrível da saga, transmitindo medo aos seus inimigos e ao público.
Os efeitos especiais estão muito bons, o melhor da era digital. A fotografia dos planetas está linda, em especial Jedha e Scarif. A trilha sonora está show, funcionando muito bem nos contrastes dos momentos, é inovadora e também nostálgica, há partículas de trilhas de outros filmes da saga. O filme realmente possui uma das melhores batalhas da saga, tanto em terra como no espaço.
Esse filme está muito ligado à “Uma Nova Esperança”, quando você assistir a esse filme novamente, vai vê-lo com outros olhos. “Rogue One” melhorou a experiência de assistir o Episódio IV.
Há muitas referências de várias mídias da saga, como os filmes e seriados. Personagens queridos de outros filmes estão lá, mesmo que apenas citados. O fan service aparece o tempo todo.
“Rogue One” é um filme de guerra, espionagem, drama e aventura, a Lucasfilm acertou com esse derivado, e é um dos melhores filmes de Star Wars feitos até hoje. Sem puxar saco da minha saga amada, é o melhor filme do ano.
“Eu estou com a Força, e a Força está comigo”.