Resenha- Star Wars: Clone Wars Vol. 2
A ferocidade da guerra continua em episódios mais longos e com tramas mais complexas, que focam no amadurecimento de Anakin como um Jedi.
A alta demanda da guerra obriga a Ordem Jedi a passar por cima de suas tradições e consagrar padawans Cavaleiros Jedi antes que eles façam os testes. Por isso, em uma linda cena, vemos todos os mestres do Conselho vestidos em suas vestimentas Jedi e com seus sabres em punhos declararem Anakin Skywalker um Cavaleiro Jedi. Essa cerimônia de passagem era algo que ainda não havia sido abordado em Star Wars.
A partir daí, temos um salto temporal e vemos um Anakin amadurecido e mais poderoso, além de já estar com seu cabelo grande. Somos levados a várias batalhas nas quais Obi-Wan e Anakin estão lutando e que, com sagacidade e esperteza, conseguem trazer a vitória para a República.
O desenho, que apresentou uma nova gama de vilões, constrói muito bem o personagem General Grievous, o aterrorizante ciborgue que vemos em A Vingança dos Sith. Treinado nas artes Jedi pelo Conde Dookan, Grievous é uma ameaça mortal para a Ordem Jedi e para a República, que sabem que devem capturá-lo ou matá-lo para encurtar essa guerra.
A série nos traz a história por trás da Batalha de Coruscant, a batalha megalomaníaca do início do Episódio III e que se tornou a favorita de muitos fãs e a mais decisiva para determinar o fim da Guerra Clônica. Podemos ver Mestres Yoda e Windu demonstrarem seu poder ao defender a batalha juntos com milhares de clones. Há vários momentos incríveis nesta batalha, como quando Yoda e Mace Windu derrotam centenas de droides usando a força. Um interessantíssimo momento é quando o Mestre Saesee Tinn rouba um cruzador Separatista e destrói outro utilizando a nave roubada.
No meio de tanta pancadaria, a série arranja espaço para episódios mais calmos, como visto no arco espiritual e emocional no qual Anakin embarca. Após receber uma informação de Palpatine de que Grievous estaria escondido em Nelvaan, ele e Obi-Wan Kenobi viajam ao planeta para tentar capturar o General do Exército Separatista.
Ele não estava lá, mas os dois Cavaleiros Jedi são levados pelos nativos a uma aldeia, onde conhecem uma profecia de um guerreiro com a “mão fantasma” – Anakin Skywalker. Este guerreiro havia perdido sua mão e ao receber uma prótese, consegue triunfos para ele e para seu povo, porém, a mão o consume e mata todos que ele ama. Ele enlouquece e vemos a famosa máscara de Darth Vader. Neste arco, podemos ver Anakin tocando o lado sombrio ao matar os cientistas responsáveis por um projeto criado por Grievous que transforma os habitantes do planeta em criaturas mutantes.
O arco se encerra quando Obi-Wan e Anakin são avisados por Mace Windu do sequestro do Chanceler Palpatine e são ordenados a voltar ao planeta e isso leva diretamente aos eventos vistos no início de A Vingança dos Sith.
Embora a série seja exagerada em várias cenas de batalhas, o material ali apresentado é muito bem trabalhado e bem feito. Muitos pontos importantes são clarificados nesse interlúdio da prequela e ao terminar de assistir fica apenas uma dúvida: por que a série não faz parte do cânone da saga?
A sensação é de desperdício de um material de qualidade…